Expectativas aos Kings
A Estrela dos Reis Ascende no Oeste
A equipe do
Sacramento Kings não alcançou a visada pós-temporada em 2019, algo que achei
bem possível no decorrer dos jogos, mas anotem: Sacramento Kings será Top 5 no
Oeste em três anos.
Revisando a
temporada, valorizamos o encaixe de Bagley e Giles com bons minutos
substituindo os competentes Bjelica e Cauley-Stein (ao menos da temporada
referida), o jogo bem ritmado proposto por Fox e Hield, a chegada de Barnes
impõe uma figura no ala titular e os formidáveis minutos de rotação com o
promissor Bogdanovic. São muitos fatores adicionados possibilitando uma desejada
sétima ou oitava posição, mas a realidade foi bem mais dura com a equipe.
A sequência
do trabalho de Dave Joerger foi afetada justamente pela não ida aos Playoffs. É
de se reconhecer o valor do trabalho do técnico nas realizações, porém devido
as contingências e objetivos não alcançados diante do otimismo de atuações e
vitórias contra Thunder, Spurs e Wolves, principalmente após a saída por lesão
de James pelos Lakers, somado ao início fraco de equipes com altas expectativas
como os Rockets, a queda de rendimento dos Pelicans e posteriores quedas de
produtividade de Grizzlies e Lakers. Não importava o que acontecia os Kings
eram no máximo concorrentes ao oitavo lugar, abaixo de Spurs, Lakers e Clippers
até a definição, mesmo quando claramente tinha mais possibilidade que o time
mais popular de LA.
Analisando
superficialmente os números de vitórias em sequências na temporada:
Jogo 1 ao
15: acumularam 8 vitórias e 7 derrotas.
Jogo 16 ao
30: acumularam 8 vitórias e 7 derrotas.
Jogo 31 ao
45: acumularam 7 vitórias e 8 derrotas.
Jogo 46 ao
57: acumularam 6 vitórias e 5 derrotas.
Jogo 58 ao
70: acumularam 4 vitórias e 9 derrotas.
Jogo 71 ao
82: acumularam 5 vitórias e 7 derrotas.
Com a
manutenção do ritmo prévio ao All-Star Game, independente de dificuldades ou
avaliações de adversários, seriam entre 42 ou 43 vitórias ao fim da temporada,
ainda assim um valor baixo para alcançar a pós-temporada na disputada conferência
oeste. É muito simples constatar a incapacidade da equipe de sair da sua média.
Houve uma
queda perceptível numa parte da temporada. Verificando os movimentos da equipe,
o mais lembrado é a inclusão de Barnes por uma troca com os Mavericks. O rendimento
após a entrada de Barnes com minutos significativos na titularidade é de 11
vitórias e 17 derrotas.
A inesperada
contratação de Luke Walton é contestável? Absolutamente. Apesar de implicações
e dúvidas gerais quanto ao basquete e administração de elenco, existe uma
questão envolvendo uma polêmica acusação de abuso sexual pela repórter
esportiva norte-americana Kelli Tennant, uma investigação deve ser priorizada e
seu andamento conter a transparência para o público e justiça aos envolvidos. Levando
em conta o cenário com Walton, algumas adições de jogador e proposta são
interessantes.
Fox: A
proposta de transição/3 pontos como maior característica alinhadas a um dos mais
subestimados prospectos na armação dos últimos anos, aproveitando sua velocidade
e agilidade.
Hield: Completando
o perímetro esperamos o prosseguimento da constante e inesperada evolução,
havia uma expectativa no jogador até a troca, mas sua possível melhora foi
diminuída por Brogdon, Murray, Brown e Ingram como jogadores mais rentáveis da
mesma classe.
Barnes:
Honestamente não vejo um futuro longo para o ala na franquia, acredito na
temporada seguinte no Player Option e fim. Não é uma certeza, levando em conta
um retrospecto do técnico trabalhando junto ao jogador nos Warriors.
Bogdanovic:
Antes de quaisquer projeções do jogador como titular definitivo é importante
salientar e focar numa questão física. Obviamente, é um projeto que demanda
tempo e certas abdicações.
Bagley: É na
minha visualização o jogador com maior teto, ou seja, minha aposta para se
tornar a principal estrela da equipe. É bem possível que as vitórias para
alcançar a almejada pós-temporada venham com o crescimento e tomada de
protagonismo do mesmo.
O executivo
Vlade Divac terá nos próximos anos sua maior cobrança após algumas escolhas e
afirmações pragmáticas, todas elas com a recepção mista, inclusive a
contratação do ex-técnico dos Lakers. É bem verdade que independente de
resultados anteriores e do mérito de Walton neles, não conseguimos avaliar com
exatidão o potencial e o alcance como técnico, pois como interino dos Warriors
havia um MVP unânime, além do fato de ser interino, já os Lakers sempre
flertaram com a decepção, uma administração geral muito fraca e uma necessidade
de título que inviabilizava uma reconstrução.
Logo, a
afirmação inicial se baseia em previsões com um embasamento modesto apoiado no
desenvolvimento dos jogadores e na aposta do encaixe geral da equipe, tudo isso
é quase uma torcida para a franquia. A lembrança de um título conquistado é
nula, as mudanças de casa indo de Kansas City, Rochester, Cincinnati e atualmente
com Sacramento, o tempo sem batalhar sério em temporada regular,
consequentemente 13 anos sem Playoffs.
Fica minha
torcida aos Kings, por um oeste ainda mais disputado e divertido.
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